20/05/2015

UM DIA PARA A MINHA HISTÓRIA.

Esse foi um dia especial em minha vida, aos 10 anos fazia minha Primeira Eucaristia em Oeiras, Piauí, no ano de 1989. Lembro-me da manhã chuvosa de domingo, acordei cedo como nunca antes, ainda estava escuro quando levantei e fui direto na cama de minha mãe acordá-la, queria vestir logo a calça e camisa brancas que minha mãe havia mandado fazer para a ocasião mais importante do ano. Pessoas importantes que marcaram toda minha infância iriam estar me aguardando. Meu tio Heleno, figura pacata, homem do campo que ajudou na minha criação entre a roça e a cidade(o primeiro na foto); minha amada mãe Maria José (blusa cor laranja); minha tia Maria Rosário, meu avô paterno Antonio Ferreira; e meu tio Zequinha.

Hoje olhando essa foto refleti sobre o quão efêmera é a nossa vida. As pessoas que amamos vão ficando na nossa história e na nossa memória. Lamentavelmente desta foto já perdi minha amada mãe Maria José, falecida em 1994,ela que cuidava de mim, seu filho caçula, com o carinho que sinto até hoje, lembro-me do zelo ao preparar a roupa da minha primeira comunhão na noite anterior, do passar da calça social no ferro à brasa, ao engraxar o sapato guardado cuidadosamente no canto da parede do quarto, do último retoque arrumando a gravata borboleta até o beijo na testa de minha mãe orgulhosa.

Perdi também meu avô, o vozinho como chamávamos (ao meu lado de camisa preta). Antonio do Saco para muitos, apelido dado por seus colegas feirantes. Tive a honra de ajudar a cuidar dele nos seus últimos dias de vida. E por fim meu tio Zeca Henrique, ferreiro de raro talento, comediante por natureza, era o tio Zequinha das estórias inesquecíveis sempre recheadas de exageros e que marcaram toda uma geração.
Minha herança familiar me orgulha e diz quem sou hoje.
Tio Heleno; minha mãe Maria José; tia Rosário; Eu; vozinho Antonio Ferreira e tio Zeca Henrique.

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