11/12/2014

Livro retrata a Guerrilha do Araguaia e seus desdobramentos na Região do Bico do Papagaio


A obra será lançada no dia 12 de dezembro, na Academia Imperatrizense de Letras
Com lançamento agendado para o dia 12 de dezembro, às 19h30, na Academia Imperatrizense de Letras (AIL), o livro GUERRILHA NO ARAGUAIA-TOCANTINS, do historiador João Paulo Maciel, trata de um dos momentos históricos mais significativos da região, ocorrido no auge da Ditadura Militar no Brasil.

Com o objetivo de contribuir com os estudos sobre o conflito, sucedido no início da década de 1970 e considerado o movimento rural armado de maior relevância contra o regime militar, o livro utiliza as mais importantes fontes documentais já disponibilizadas e bibliográficas sobre a temática, assim como relatos de testemunhas da época.

“A obra evidencia a região palco da Guerrilha do Araguaia – o Bico do Papagaio, Norte do estado do Tocantins, Sul do Pará e divisa com o Maranhão – analisando os critérios usados pelos guerrilheiros na escolha deste local para preparação, treinamentos e efetivação da chamada ‘guerra popular’”, explica João Paulo Maciel.
O autor apresenta ainda, estudos sobre o contexto histórico do período, indicando as motivações que levaram os militantes políticos a assumirem a luta armada como caminho para livrar o país dos militares.
Guerrilha do Araguaia
Com início em abril de 1972, a Guerrilha do Araguaia foi articulada por membros do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), como forma de resistência ao regime militar instaurado no país a partir do golpe de 1964. O movimento começou a ser organizado seis anos antes do confronto, em 1966, com a chegada dos militantes do PCdoB ao Bico do Papagaio, às margens do Rio Araguaia.
O conflito durou apenas três anos, devido à desvantagem enfrentada pelos revolucionários, tanto em número de combatentes quanto em armamento: eram aproximadamente 100 pessoas (entre militantes políticos e moradores da região que aderiram à luta), contra cerca de 10 mil soldados do exército mobilizados para o ataque, o maior número desde a II Guerra Mundial.
A Guerrilha do Araguaia resultou em aproximadamente 70 desaparecidos políticos.
Sobre o autor
João Paulo Maciel é maranhense, filho de família lavradora, sertanejo de origem e por convicção, nasceu na década de 1970, durante o ápice do Regime Militar. Mora em Imperatriz/MA, onde tem efetiva inserção nas lutas sociais regionais, experiências que foram lhe forjando uma personalidade de militante. É licenciado em História pela Universidade Estadual do Maranhão onde iniciou o estudo sobre a Guerrilha do Araguaia, por ocasião da pesquisa monográfica. Atualmente atua como professor na rede pública.

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